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11 de abril de 2014

Remédios contra o amor

"Tão bom morrer de amor! e continuar vivendo..." A célebre frase de Mario Quintana que sempre inspirou os mais românticos não faz mais sentido na era da supermedicalização onde qualquer sofrimento merece ser tratado. 

Reduzindo o amor à reações hormonais, equipe de cientistas defende o tratamento farmacológico para curar esse sentimento e evitar sofrimento e desilusões.  Mas o que será que vai acontecer se tomarmos um comprimido a cada vez que as nossas relações não estiverem dando certo?   


O amor pode ter cura

Cientistas propõem o uso de remédios e de outras intervenções para acabar com o sentimento quando ele traz mais sofrimento do que alegria


É difícil encontrar alguém que nunca sofreu por amor. E que no auge de sua dor não tenha imaginado como seria ótimo se existisse uma pílula, algo que pudesse ser comprado logo ali, na farmácia, para acabar com o sofrimento. Na opinião de um respeitado time de cientistas, esses remédios existem. Alguns já estão disponíveis, outros em estudo. Juntos, eles formam um arsenal capaz de curar amor – e devem começar a ser usados sempre que necessário. A proposta está sendo feita por pesquisadores da Universidade de Oxford, na Inglaterra, uma das mais renomadas do mundo. Por seu teor polêmico, a proposição iniciou um grande debate entre os cientistas sobre a oportunidade de se recorrer a recursos para encerrar um amor – seria mesmo adequado tratar o sentimento como se lida com uma gripe, uma gastrite? – e as consequências éticas que podem advir do uso do que os estudiosos ingleses estão chamando de biotecnologia antiamor.


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No olhar do grupo de Oxford, porém, trata-se de lidar com o tema sob uma perspectiva diferente da convencional. Existe o amor de Platão, de Shakespeare. Fala-se aqui do ideal, do sentimento arrebatador, que nasce sem muita explicação e gera histórias inesquecíveis. E existe o amor entendido pela ciência. Nesse caso, não há espaço para romantismo. A emoção seria produto de respostas fisiológicas desencadeadas no cérebro a partir de um estímulo. Sua geração faria parte do arcabouço de emoções que a espécie humana desenvolveu ao longo de sua evolução com o objetivo de garantir sua sobrevivência. O medo, por exemplo, nos ajudou a ter reações de fuga diante de predadores. O amor, por sua vez, foi o sentimento que garantiu a continuidade da reprodução da espécie. E hoje, defendem os cientistas, é possível interferir nas etapas desse processo com a finalidade de interrompê-lo. “A neurociência está nos apresentando um entendimento novo do amor”, disse à ISTOÉ o pesquisador Brian Earp, de Oxford, coordenador do grupo que estuda os tratamentos para o sentimento. “Portanto, se pensarmos que ele é algo que emerge da química cerebral, começa a fazer sentido falar em cura.”

Veja a matéria na íntegra aqui 

Fernanda Pimentel é psicanalista, tem mestrado em Psicanálise pela UERJ  e pesquisa sobre a psicanálise na atualidade e a clínica contemporânea.
 Atende em consultório em Niterói e Copacabana.
http://fernandapimentel.com.br

9 de abril de 2014

Evento gratuito no Espaço Revista Cult, em São Paulo

O Legado de Lacan

 

  • Jacques Lacan nasceu em 13 de Abril de 1901. Depois de 113 anos o legado de seu ensino permanece vivo na cultura. Os efeitos da renovação clínica e teórica que ele introduziu na psicanálise e na crítica social ultrapassaram em muito o cenário francês e europeu. Hoje temos um Lacan no Brasil. Seria ele mais um caso de ideias e práticas fora de lugar? Mais um capítulo de nosso desejo de província? Ou já podemos falar de um Lacan à brasileira.
    Para marcar a data e avaliar o impacto de Lacan em São Paulo convidamos psicanalistas a trazer um breve testemunho de como seu estilo marcou o percurso formativo de cada um e "em que pé estamos" com Lacan.
    Dia 16/4
    Às 20h
    Entrada Gratuita, inscrições pelo email atendimento@espacorevistacult.com.br
    As senhas serão distribuídas uma hora antes do início do evento
    Com Christian Dunker (Psicanalista, Professor Livre Docente Instituto de Psicologia da USP), Ricardo Goldenberg (psicanalista), Maria Lívia Tourinho Moretto(professora doutora do Departamento de Psicologia Clínica do Instituto de Psicologia da USP, Orientadora do Programa de Pós-Graduação em Psicologia Clínica do IPUSP, psicanalista, membro do Fórum do Campo Lacaniano de São Paulo), Nina Virginia de Araujo Leite (membro da Association de Psychanalyse Encore, professora do Instituto de Estudos da Linguagem /UNICAMP), Miriam Debieux Rosa (professora doutora do IP - USP onde coordena o Laboratório Psicanálise e Sociedade e o projeto de Extensão Migração e Cultura. Professora Titular da PUC- SP, Pós-graduação de Psicologia Social onde coordena o Núcleo de estudos Psicanálise e política) e Dominique Fingermann
    Espaço Revista CULT
    Rua Inácio Pereira da Rocha, 400 - Vila Madalena/SP
    Tel. 11 30322800
  • fonte: http://espacorevistacult.com.br/evento-descricao.php?evento=93

Fernanda Pimentel é psicanalista, tem mestrado em Psicanálise pela UERJ  e pesquisa sobre a psicanálise na atualidade e a clínica contemporânea.
 Atende em consultório em Niterói e Copacabana.