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12 de abril de 2012

Filhos: Ter ou não ter...

Mesmo depois de muitas conquistas no âmbito profissional e social, uma questão ainda parece ser tabu para as mulheres: a maternidade. 

Hoje, diante de tantas possibilidades de escolha, a opção de ter ou não um filho não se mostra tão livre assim... Ainda existe a idéia de que uma mulher só pode ser feliz realizando a maternidade, como se o "instinto materno" fosse universal e presente em todas a mulheres...

Será que ter filhos é garantia de realização? É possível prescindir da maternidade?

O texto que segue, publicado na Mente&Cérebro , fala da maternidade e divulga resultados interessantes de uma pesquisa realizada na Universidade de Michigan.


Filhos? Não, obrigada

A ciência mostrou que o chamado “instinto materno” não é inato e pode ser vivido de diversos modos. Ainda assim, prevalece uma sutil pressão social que cobra a maternidade

 É raro alguém perguntar o que levou um homem ou uma mulher a ter filhos. Em contrapartida, é comum escutar: “Não tem filhos? Por quê?”. E, em geral, o principal alvo das indagações são as mulheres. Talvez algo como “não tive tempo”, “não sou casada” ou “não encontrei o homem certo, no momento certo” fossem boas respostas, mas há algo mais em jogo. É como se – ainda hoje, apesar de todas as transformações sociais dos últimos anos – continuasse necessário explicar à sociedade essa escolha (às vezes mais, às vezes menos consciente). Ao serem questionadas, as mulheres percebem na curiosidade alheia a pressão e as críticas disfarçadas, como se a opção de não terem sido mães as fizesse pessoas especialmente egoístas ou fosse sinal de algum “grande problema” em relação à sua feminilidade.

“Em nossas pesquisas promovemos a discussão do tema em grupos de mulheres sem filhos, em diversas cidades italianas, e muitas das participantes admitiram que se sentiam julgadas, às vezes até severamente, por parentes ou conhecidos, estigmatizadas como se fossem cidadãs de segunda categoria”, conta Maria Letizia Tanturri, professora de demografia da Universidade de Pavia, que participou de um importante projeto de pesquisa coordenado por várias universidades. “É como se, de certa forma, a maternidade fosse a garantia de nos tornarmos pessoas melhores, mais sensíveis”, observa. Ela lembra que, em 2007, uma senadora democrata da Califórnia, Barbara Boxer, atacou a secretária de Estado Condoleezza Rice: “Como não tem filhos nem família, a senhora não pagará nenhum preço pessoal pelo envio de mais 20 mil soldados americanos ao Iraque”. As palavras podem ser entendidas como uma variante de algo como: “Quem não tem filhos não pode entender o que só nós, seres humanos privilegiados pela graça de ter filhos, conseguimos compreender”.

Um estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Michigan com 6 mil mulheres com idade entre 50 e 60 anos revelou que ter ou não ter filhos não tem efeito relevante no bem-estar psicológico nessa faixa etária – o que, de certa forma, contradiz a ideia de que é preciso criar os filhos para ter com quem contar no futuro. “Os aspectos mais importantes para uma maturidade feliz são a presença de um companheiro e de um círculo de relações sociais significativas”, salienta a socióloga Amy Pienta, coautora da pesquisa publicada no periódico científico International Journal of Aging and Human Development. Assim – e considerando todo o risco, trabalho e preocupação que significa ter filhos –, seria melhor não tê-los? Depende. O único dado certo é que hoje existe uma liberdade maior de escolha: é possível ser mulher de forma plena e prescindir da maternidade.
Artigo de Paola Emilia Cicerone
Publicado na Mente&Cérebro

10 de abril de 2012

Psicanálise e Cinema - Encaixotando Helena


Adoro o que o intercâmbio entre cinema e psicanálise nos propicia. 
O filme Encaixotando Helena de Jennifer Chambers Lynch é um prato cheio para pensar as relações humanas e os extremos que o amor e a loucura nos faz chegar.

O LabConfins - Laboratório de Pesquisa e Trabalho Clínico em Psicanálise e Psicopatologia Fundamental - da UFF convida para a exibição do filme seguido por debate. 
O evento acontece no dia 16/04, as 18 hs, no Campus do Gragoatá, Bloco O.






Grupo de estudos ARTIGOS SOBRE TÉCNICA


Começamos o Grupo do Estudos na última quarta-feira com um encontro bem agradável e com discussões super interessantes.
Agradeço aos participantes! Tenho certeza que vou aprender bastante!





Ainda tem espaço para quem quiser chegar agora!

9 de abril de 2012

Curso sobre Transtornos Alimentares no AMBULIM


O AMBULIM - Programa de Transtornos Alimentares do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da USP oferece o evento sobre TRANSTORNOS ALIMENTARES E COMORBIDADES no de 15 de maio.
Imperdível para quem está em São Paulo!

Maiores informações: