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14 de fevereiro de 2011

Curso sobre Psicose em SP

O Núcleo de Pesquisas de Psicopatologia e Psicanálise (NEPPSI) do Serviço de Psicoterapia da Divisão Médica do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas (IPq-HC-FMUSP) e o Instituto da Psicanálise Lacaniana (IPLA) promovem o curso A Psicanálise das Psicoses.

Veja a programação.

Curso com Antonio Quinet no POP

A histeria generalizada na psicanálise de Freud a Lacan

A psicanálise se iniciou com as histéricas, que Freud conheceu no serviço de Charcot em Paris e depois em seu divã. Elas lhe ensinaram que o sintoma corporal conta uma cena traumática, que cada parte do corpo pode funcionar como uma zona erógena, pois o inconsciente se inscreve no corpo. Em seguida, Freud descreve a neurose histérica e o desejo insatisfeito em ambos os sexos. Em Lacan a histeria é percebida como uma forma de laço social. A partir disso pensamos também a histeria como obra de arte no teatro e na ópera.

3 de maio
O corpo histérico e o sintoma conversador. Os pacientes histéricos de Freud revelaram que o corpo é um palco — cada parte contém em si uma cena, um encontro, um estupro, uma transgressão, um beijo, uma carícia que mapeiam a anatomia convertida em sintomas que contam corporalmente a história histérica do sujeito do inconsciente.

10 de maio
O desejo insatisfeito e o gozo da insatisfação. O balé histérico: o pas de deux (Dois? Não!), o pas-de-trois (O sexo começa a três) e o pas-de-quatre.

17 de maio
O histérico macho. Quem disse que só as mulheres são histéricas? A questão inconsciente da histeria "sou homem ou mulher?" apreendida por Freud com o conceito de bissexualidade se manifesta de forma distinta nos homens e nas mulheres? Para além dos sintomas, quais as peculiaridades da histeria masculina? O caso de Dom Juan.

24 de maio
O teatro operistérico. Lacan elevou a histeria à dignidade de um laço social (para além do sintoma e da neurose.) mostrando aí um vínculo que se estabelece a partir do desejo e da posição de objeto - de objeto ativo. Esse vínculo tem afetos e estratégias próprias para provocar o desejo e a produção de saber no espectador. Sob os holofotes: a histeria como obra de arte. O teatro e a ópera.



Antonio Quinet é psicanalista, psiquiatra, doutor em filosofia (Université Paris VIII - Vincennes) e dramaturgo. Autor de vários livros de psicanálise como A estranheza da psicanálise - Escola de Lacan e seus analistas (2009) e de peças teatrais como A lição de Charcot - sobre o teatro histérico (peça inédita publicada em 2005) e Variações freudianas 1: o sintoma (2010-2011), em cartaz em abril e maio deste ano na Casa de Cultura Laura Alvim.
Polo de Pensamento Contemporâneo
Rua Conde Afonso Celso, 103 - Jd. Botânico - Rio de Janeiro
(21) 2286-3299 / 2286-3682
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I CONLAPSA



As organizações do I CONLAPSA - I Congresso Latino-Americano de Psicanálise na Universidade e VII Simpósio do Programa de pós-graduação em Psicanálise da UERJ - estão a todo vapor!
Em breve o site estará no ar com informações sobre envio de trabalho e inscrições.

Segue abaixo o texto de apresentação do evento.

Desde o incentivo dado por Freud em seu artigo de 1919 “Deve a psicanálise ser ensinada nas universidades?” até a criação em 1974 de um Departamento de Psicanálise em Paris VIII, por Jacques Lacan, a inserção da Psicanálise na Universidade é um fato: ela faz parte integrante, atualmente, não só do curso de Graduação em Psicologia, como de muitos programas de diferentes cursos universitários em toda América Latina.

Tal inserção vem tendo tal grau de importância que foram sendo criados, no Brasil, Programas de Pós Graduação na área específica, como o pioneiro Programa de Teoria Psicanalítica da UFRJ, hoje com mais de vinte anos, e o nosso Programa de Pesquisa e Clínica em Psicanálise da UERJ, que completou dez anos em 2009, além de ser teoria de destaque em linhas de pesquisa nos Programas de Psicologia de inúmeras Universidades brasileiras.

Nas Universidades da América Latina América não é diferente. Há inúmeros Programas de Pós-graduação que incluem a Psicanálise como disciplina ou que, ainda, fazem dela seu carro chefe.

Em diversos encontros que tivemos com professores de outros países como Argentina, Chile, Uruguai, Colômbia, Venezuela, fomos estabelecendo laços de pesquisa e trocas teóricas. Ano passado tivemos o prazer e a honra de ter na UERJ, em nossa comemoração pelos dez anos, a psicanalista e professora da Universidade de Buenos Aires, Diana Rabinovich, pioneira na introdução da Psicanálise Lacaniana na América Latina, quando convidou o psicanalista francês Jacques Lacan para ministrar cursos em Caracas, que deu origem às famosas Conferências Caraquenhas. A partir deste encontro, percebemos o quanto seria importante um encontro dos psicanalistas que militam nas universidades e, juntos, nos propusemos a realizá-lo.

Nossa intenção é dar partida a uma sucessão de congressos de Psicanálise na universidade pelos outros países da América Latina, estreitando laços de pesquisa e de produção de conhecimento.