.
.

6 de julho de 2010

A lacaniana Clarice


Perdi alguma coisa que me era essencial, e que já não me é mais Não me é necessária, assim como se eu tivesse perdido uma terceira perna que até então me impossibilitava de andar mas que fazia de mim um tripé estável. Essa terceira perna eu perdi. E voltei a ser uma pessoa que nunca fui. (...) Ela fazia de mim uma coisa encontrável por mim mesma, e sem sequer precisar me procurar.

Clarice Lispector
in Paixão segundo G.H

3 comentários:

Ana SSK disse...

Nunca se sabe qual é o defeito que sustenta noss edifício inteiro, disse a Clarice.
Acho este trecho belíssimo, postei-o também, outro dia.
Um abraço!

Luana Andrade disse...

Sempre impressionante, quase palpável sensibilidade de Clarice. Belo deveras! Insigne na sua totalidade ou parcialidade.
Um beijo! Bom dia.

:: mar.cele linha.res disse...

amo
amei
amemos... clarice
dedo na ferida sempre

bjos